Espaço Saramenha Artes e Ofícios



                 Paulo Rogério Ayres Lage


Memória do Barro na Casa Brasileira 


Galeria de Arte Popular Brasileira



Abertura Oficial do Projeto – 25 de Julho de 2009 – 11 horas



Exposição Pernambuco Contemporâneo - Olaria Ocre

Exposição Pernambuco Tradicional - Discípulos de Vitalino


11:30h -  Palestra “Arte em Ouro Preto - do barroco a Guignard”

             - Ângelo Oswaldo de Araujo Santos


12:30h - Almoço/Coquetel         

   

14:30h  - Palestra “Arte Popular Brasileira” -   José Alberto Nemer


15:30h - Palestra “Intervenção artística em cerâmica tradicional – O projeto

                           Olaria Ocre” - Joelson Gomes e Dantas Suassuna


Cursos - Evento 1 - de 28 de Julho a 1° de Agosto


Olaria Ocre e Cerâmica Saramenha

- Tradição e Novas Tecnólogias

Professores convidados: Dantas Suassuna e Joelson Gomes

Palestrantes:

Maria Sylvia Dantas  - “Nanotectologia”           

Paulo Rogério A. Lage – “Cerâmica Saramenha”

Público-alvo: Pintores, donos de cerâmicas, lojas de material de construção, arquitetos, engenheiros, restauradores, decoradores, artistas plásticos, colecionadores e interessados na área.


Curso Extensivo - Período: 28/07 a 30/07

Carga Horária Total: 20 horas

Curso Intensivo - Período: 31/07 e 01/08

Carga Horária Total: 16 horas

Investimento por aluno: R$ 450,00        

                                

Evento 2 – de 22 a 30 de Agosto


O Uso de pigmentos naturais e do cal no reboco e na pintura”

“O Barro na casa brasileira: O fabrico de telhas, lajotas e tijolos coloniais”

Dia 22 Sábado- 15 horas

- Lançamento do livro “Cerâmica Saramenha - A primeira

  manufatura de Minas Gerais” de Paulo Rogério Ayres Lage

- Abertura da mostra “O Barro na Casa Brasileira”

- Palestra “O uso do cal e de pigmentos naturais” -  Félicien Carli

Professores convidados: Arquiteto Félicien Carli (Fr), presidente da Associação “Terres et Couleurs”, Maria Gomes e Elcio de Souza

Palestrantes:

Maria Sylvia Dantas – “Nanotecnologia”

João Marcos Gontijo - “Arquitetura colonial em Minas Gerais” 

Paulo Rogério Ayres Lage - “Casa Rural Mineira – Um guia de construção”

Público alvo: Donos de cerâmicas e lojas de materiais de construção, pintores,

engenheiros, restauradores, decoradores, artistas plásticos, colecionadores e

interessados na área.


Curso Extensivo - Período: 25 a 27  de Agosto

Carga Horária Total: 20 horas


Curso Intensivo - Período: 28 e 29 de Agosto

Carga Horária Total: 16 horas           


Investimento por aluno: R$ 450,00

 

Evento 3 – de 20 a 24 de Outubro

Curso de Museografia e Técnicas de Exposição

Professor convidado: Pierre Catel (Fr) autor no Brasil dos projetos museográficos dos Museus do Oratório, Artes e Ofícios e da Inconfidência

Público –alvo: Museólogos, decoradores, arquitetos, donos de empresas de móveis, serralheria e empresas especializadas em restauração.


Curso Extensivo - Período: 20 a 22  de outubro

Carga horária total: 20 horas


Curso Intensivo - Período: 23 e 24 de outubro

Carga Horária total: 16 horas


Investimento: R$ 450,00


Evento 4 – de 10 a 14 de Novembro

        Mostras - “Cerâmica do Jequitinhonha” e “Artesanato em madeira do Juazeiro"

Curso – “A criação do objeto, dos primórdios aos dias de hoje”.

Professor convidado:

José Alberto Nemer, artista plástico e doutor em Artes Plásticas pela Universidade de Paris.  Lecionou em universidades brasileiras e estrangeiras, como a Universidade Federal de Minas Gerais/UFMG (1974 a 1998) e Universidade de Paris/Sorbonne (1975 a 1979). Autor do livro “A mão devota”

Palestrantes:

Mauricio Kubrusly  - “ Um olhar brasileiro”

Sérgio Trópia - “Arte dos romeiros”

Leila Pacce -  “A arte cerâmica do Jequitinhonha”

Público –alvo: Decoradores, arquitetos, artesãos, artistas plásticos, colecionadores e

interessados.


Curso Extensivo           

Período: 10 a 12 de novembro de 2009

Carga Horária Total: 20 horas


Curso Intensivo

Período: 13 e 14 de novembro de 2009

Carga Horária Total: 16 horas


Investimento: R$ 450,00




Espaço  Saramenha Artes e Ofícios

                                                                                         Paulo Rogério Ayres Lage




Memória do Barro na Casa Brasileira

Galeria de Arte Popular Brasileira

Manifesto do Bacalhau



Bacalhau. Peixe de mar longínquo, único a poder estar à mostra nas venda de mato de um “Brasil Profundo”. Terras de Mauricio Kubrusly, de Nemer, e do Frade, antes do modernismo Marilene e Mônica o prenderem a Cataguases.

  

Bacalhau, a identidade do Espaço  Saramenha Artes e Oficios inspirada no Bom Jesus do Bacalhau, povoado perdido nos confins do Itacolomi – terras vizinhas às do mestre dos presépios e das onças, Arthur Pereira - a provar que a fé de Minas não se pode comprar, muito menos está à venda.  Mas como se gasta chão pra alcançá-la!


Debaixo do barro do chão ou da terra batida da cozinha de fogão à lenha, nasce a alma do homem, nasce a alma da vida, que pode transformar o comer do feijão em um banquete. Banquete em Minas de angú, feijão e couve. E porco criado a milho. Em tempo de quaresma, do bacalhau com chuchú.


Minha casa mineira tem portas com puxadores indianos, tapetes rústicos do Irã, moedor de café russo. Tem socador de alho de Janaúba, ralador de queijo de Patos de Minas, batedeira de manteiga dos alemães do Mucuri e potes de  Saramenha; tudo entre antiguidades da Jacuba e da Mata. Casa feita em barro e taquara, tendo por ferramenta as mãos dos homens.


Em minha casa o Canastra São Roque de meia cura tem a lhe embalar o fubá de milho de minha avó Adélia, a deixar fazer debaixo da crosta amarela a transmutação do queijo em cremosa massa. Do Mercado dos Tropeiros de Diamantina vieram as sempre-vivas. De Santa Luzia vinham as lingüiças. Do Manso o Chá Edelweis.


Meus olhos percebem e minhas mãos gostariam de tocar os utensílios da casa-tenda dos nômades mongóis, que no cinema me encantam.


Brasil Profundo! Vasto mundo de Deus!


Em Santana do Araçuaí, Izabel e sua família brincam de fazer as bonecas de alegrar os olhos dos adultos, homens ou mulheres.


Carneirinhos de Adilson, onças de Guto, macacos de Tião, leões de Gervásio, porcos de Jorge, tamanduás de Waldir. Prados, Prados e mais Prados.


Padrinho, Padre Cícero, e sua pátria de Juazeiro lavrando à mão belas esculturas nos cernes das imburanas moribundas, transformadas na origem em ex-votos a agradecerem a vida severina, que a morte não levou.


Os retirantes de Vitalino, os cavalos-marinhos de Manoel Eudóxio, os pavões de Elias, todos nascidos no Alto do Moura, não vão à feira de sua cidade Caruarú, mas em Olinda enchem a casa de meu compadre Alceu. Em minha casa se integram suavemente, as curvas das montanhas mineiras.


Almerestino modela e leva de Maragojipinho para a feira de São Tiago de Água de Meninos na cidade do Salvador as saramenhas baianas. Ninguém se importa por lá. Faz parte do cotidiano da terra de Jorge Amado. Ou será da do mar de Caymmi? 


Quem em Santa Rita de Ouro Preto transporta para pedra-sabão o olhar de Nuca, com seus leões nascidos do barro da terra de Tracunhanhém? Quem na cidade de Mariana faz em madeira as santas pernambucanas de Maria Amélia?


Há que se renovar o saber fazer das mãos anônimas que modelaram os tijolos, telhas e lajotas coloniais. Há que em pigmentos naturais se fazer renascer os desenhos das saramenhas ancestrais!


Espaço Saramenha Artes e Oficios, neste Manifesto do Bacalhau decreta, transformando a saudação em ato de fundação e nome à Confraria:      


                                                        

                                                                      Viva a Pátria Brasileira!

Espaço Saramenha Artes e Ofícios


         Um novo conceito de espaço cultural, unindo saberes e fazeres 


“...Um fragmento de cerâmica Saramenha apareceu na trajetória do múltiplo

Paulo Rogério Ayres Lage. Como o caco de louça azul-pombinho encontrado

no assoalho do poema de Cora Coralina, o objeto antigo instigou o mineiro

apaixonado pelas coisas da terra. História cheia de poesia logo se desenrolou.

No sítio do Botafogo, a uma légua de Ouro Preto, Paulo Rogério chamou mestre

e ajudantes, instalou forno e oficina, e se dedica à recuperação da velha

cerâmica de Vila Rica...” 


                                                                                 Ângelo Oswaldo de Araújo Santos


Introdução


Ouro Preto consagra-se como cidade emblemática da história e da cultura brasileira. Principal centro de mineração do Brasil no século XVIII, palco da Inconfidência Mineira, a cidade guarda hoje um dos mais importantes acervos barrocos do mundo. 


O projeto do Espaço Saramenha, a ser desenvolvido no local onde se situam as oficinas da Saramenha Artes e Ofícios, está vinculado a esta história e se propõe a ser um novo modelo de espaço cultural, preservando a Memória do Barro na Casa Brasileira e a nossa Arte Popular.


Voltado para o resgate dos antigos ofícios, tão necessários ainda ao patrimônio edificado de nossas cidades históricas, Saramenha Artes e Ofícios, sem alterar sua produção artesanal, abre-se a Mostras, Exposições, Palestras e Cursos, focados todos  na preservação de nossa memória.


A partir do aprendizado de antigas formas e técnicas, unindo os fazeres e saberes de um povo e agregando a eles inovações tecnológicas do nosso tempo, o projeto visa transferir experiências e conhecimentos para novos artesãos, operários, artistas, construtores, decoradores e empreendedores, criando novas oportunidades de geração de renda, em áreas próprias às especificidades das cidades históricas brasileiras, buscando desta forma instrumentalizar esta gama de agentes, com ferramentas práticas, que atendam às exigências e necessidades de um mercado não corretamente dimensionado. 



O Espaço


 

O Espaço Saramenha está localizado às margens da Rodovia dos Inconfidentes e funciona hoje como oficina de cerâmica, madeira e metal destacando-se ali a produção da Cerâmica Saramenha, primeira manufatura de Minas. Mantém ainda, em seus mais de mil metros quadrados de área construída, uma galeria para exposição e venda dos objetos ali produzidos ou peças de aquisição, desde que representativas da Arte Popular Brasileira.


A estrutura física oferecida – galpões e arenas - garante espaço pedagógico adequado a produção de peças e objetos desses diversos materiais, conduzindo os participantes de seus cursos a aprender fazendo, a abrir olhos e ouvidos em comunhão com a natureza. 


No espaço como num museu vivo, podemos encontrar peças de cerâmica em produção, aos moldes das de lavra da antiga “Fabrica da Louça”, história contada no livro “Cerâmica Saramenha - A Primeira Manufatura de Minas Gerais”, ou visitar a casa mantida preservada em sua “reconstrução”, casa que deu origem ao livro “Casa Rural Rural Mineira - Um guia de Construção”, livros do mesmo autor e criador do projeto, Paulo Rogério Ayres Lage. 


Para completar a cena, uma simples pousada e a bela Capela de Santo Amaro edificada nos fins do Século XVIII, tudo entre os campos e matas, no aglomerado de sítios e fazendas do Santo Amaro do Botafogo. 

Memória do Barro na Casa Brasileira



Taipa de pilão, pau-a-pique ou tijolo de adobe.  Piso de barro batido, forno de terras de cupim, o pote guardando pura água. Telhas e lajotas coloniais. Casa Brasileira.


Por séculos a Casa Brasileira dos portugueses colonizadores encontra no barro seu modelo construtivo, seus equipamentos do cotidiano. Casa simples, abrigo quase natural pela extrema relação de sua edificação, com o material encontrado em seu entorno.


A recuperação e o estudo deste uso de matéria prima abundante, barata e produtora de coisas belas, como é o Barro, será objeto de cursos e palestras no Espaço  Saramenha, buscando conduzir ao renascimento de técnicas ancestrais que poderiam permanecer em uso, abandonadas incorretamente que foram.


Reativar o fabrico dos modelos de telhas, tijolos e lajotas coloniais, modelos de que são carentes as restaurações em um estado como Minas Gerais, detentor do

maior acervo  tombado do país, é o objetivo principal do Espaço da Memória do Barro na Casa Brasileira.


Galeria de Arte Popular Brasileira



Mais que a importância objetiva dada a cada peça da “coleção”, hoje exposta no Espaço Saramenha, me envolve afetivamente sua busca. Atraíram-me as mãos e as casas de quem as fez, herança talvez de minha amizade com o artesão das onças e presépios, Mestre Arthur Pereira.

Em viagens por meu país, a trabalho ou nos tempos de folga, reservar espaço para conhecer os autores dessas ternas obras de um Brasil Profundo, me era e é absolutamente necessário. 

Branca era a casa de Arthur, é verde a de Nuca, amarelas a de Maria Amélia em Tracunhaém  e de Elias em Caruaru. Jamais as encontrei, muros, portas e janelas, “tom sobre tom”!

Fica no meio do mato a de Thiago Amorim, mesmo que em Olinda. Fica na encruzilhada para Amarantina a oficina e bar da Lourdinha, em grande choça a de Mestre Almerestino em Maragojipinho.

Foi difícil de inicio, deixar ver e fazer entender aos amigos que expor a seus olhos as peças que não estavam a venda em minha loja na Saramenha Artes e Ofícios, era uma gratidão aos que me haviam aberto os braços, escancarado as portas de suas casas, em geral suas oficinas.

Queria poder compartilhar meu Brasil com os amigos, mas também com os de outras terras que visitam Ouro Preto.  Nunca soneguei a qualquer deles, ao mostrarem admiração por alguma peça,  de onde vinha, seus preço na origem e como fazer para tê-la diretamente de seu artesão. Saíam muitos me pedindo para não expô-las se não a venda.

Talvez aí nasça essa Galeria de Arte Popular, na terra do Mestre Aleijadinho. Deixar a mostra peças deste Brasil, que talvez por tanta riqueza aqui, não o procuremos em outro lugar. Não as relaciono por importância, como não consigo dizer qual a leoa mais bonita, se a Benedito ou a de Jorge de Prados, sabendo que as dei, uma para Helena, outra para Mariana, minhas filhas. 

Me pergunto quem poderá dizer não ser arte popular o vaso de Santana, foz  do São Francisco, se nas bonecas de Isabel já detiveram  com admiração, seus olhos?

Salve Araçuai, Cachoeira do Brumado, Itatim e Passira. Salve Minas, Bahia, Pernambuco, Piauí...Brasil.

Em Caxambu, ao observar um artesão de frutas em madeira colocar na maça que acabara de comprar, seu último detalhe, detalhe que a fazia perfeitamente igual as da natureza, não resisti e falei: - Na minha terra gente assim ia pró hospício de Barbacena!

O retrucar ao comentário veio rápido: - Meu pai foi prá lá e nunca mais voltou!

Não pude deixar de pensar que sua arte, seu oficio, provavelmente o salvaram de igual destino. Em silêncio, talvez a pedir desculpas, lembrei do mote de Emanoel Cavalcanti, poeta das Alagoas com o seu agudo e estridente “Viva o Brasil!” e berrei sem mais parar, o meu:

“Viva a Pátria Brasileira”

Cerâmica Saramenha



Paulo Rogério Ayres Lage

Uma exposição no BDMG Cultural, dirigido pelo jornalista, Cyro Siqueira, me veio à lembrança, ao tentar abrir em Ouro Preto uma olaria.

Eram peças antigas da coleção de Ângela Gutierrez a emoldurar trabalho do, à época, último artesão da Saramenha, o oleiro Silvestre Guardiano Salgueiro, o Mestre Bitinho.

Era só buscar o “saber-fazer” das Saramenhas com o velho oleiro, que em sua Ouro Branco o mantivera vivo.

A história da Saramenha em Vila Rica recomeça aí. Busquei resgatar técnica e formas das antigas Saramenhas, tentando ainda adequar o uso de seu vidrado a  formas tradicionais de outras cerâmicas, desde que guardassem relação estética com as da lavra dos oleiros do cirurgião-mor Vieira de Carvalho.

É a história e o ensino dessa técnica, com o estudo das formas e funções da pioneira cerâmica de Ouro Preto– incluindo o lançamento do livro “Cerâmica Saramenha – A Primeira Manufatura de Minas Gerais” que abre em nobres companhias o Espaço Saramenha Artes e Ofícios.

Quem sabe a fazer ressurgir a arte da cerâmica, meio desaparecida das terras dos Inconfidentes? Quem sabe a fazer ressurgir a força do Barro na vida cotidiana de uma Minas, guardiã de tantas tradições.



Olaria Ocre em Ouro Preto




Pernambuco Contemporâneo  “Exposição e Curso de Cerâmica”

Dantas Suassuna e Joelson Comes

Através do projeto Olaria Ocre, criado há mais de dois anos, os artistas plásticos, Dantas Suassuna e Joelson Gomes, vivem uma experiência de intervenção na mais típica cerâmica de Pernambuco.

Na Olaria do Bachinha, na cidade de Tracunhaém situada a 80 Km do Recife, dialogando com oleiros e artesãos, Joelson e Dantas desenvolveram toda uma série de novas peças usando a mesma matéria prima da produção tradicional da cidade, que é o mais importante pólo de fabricação de peças em barro do Nordeste.

O objetivo da Oficina Ocre na Cerâmica Saramenha em Ouro Preto é levar conhecimentos ligados ao uso de pigmentos naturais no universo da cerâmica; interferir nos objetos já existentes propondo novas formas; mostrar através de fotos e vídeos a produção de peças utilitárias de uma das mais representativas e antigas cerâmicas de Pernambuco.

A importância do uso de pigmentos – do qual se apropria também a Cerâmica Saramenha, fica realçada pela presença em Rio Acima de uma das mais importantes e antigas jazidas de pigmentos naturais, em exploração no mundo, única nas Américas, pertencentes a uma velha família de oleiros-ceramistas: os Morgans.

O curso da Olaria Ocre faz parte da Programação de Abertura do Espaço Saramenha Artes e Ofícios, por ser hoje uma referência neste tipo de intervenção.


Discípulos de Vitalino



Pernambuco Tradicional - Centenário de Mestre Vitalino


Nos anos 40, no Alto do Moura em Caruaru, Pernambuco, começava pelas mãos de Vitalino Pereira dos Santos, a transformação de uma comunidade rural, em um dos mais importantes centros de Arte e Cultura Popular do Brasil.

Vitalino, filho de pai que sobrevivia da roça e mãe louçeira, fabricante de potes e panelas, desde menino brincava com as sobras de barro de sua mãe, transformando em cerâmica os animais que o atraiam – cavalos e bois - peças que mandava a feira junto as panelas de sua mãe.

Com o tempo, seus “bonecos” passam a contar a historia do cotidiano de sua gente, chamando a atenção de compradores, homens simples de mesma severina vida.

O sucesso da venda de seus objetos conduziu-o a generosamente a espalhar na comunidade do Alto do Moura sua arte, e o menino Vitalino, já com 40 anos, se transforma em Mestre, ensinando ofício - técnica e forma – a seus companheiros. Começa aí a perenização da Cerâmica de Caruaru.

Do ensino de Vitalino nascem seus discípulos diretos. Alguns entre os mais  importantes deles, participam desta mostra: o filho Severino, o cunhado Manoel Eudócio, Elias, Luiz Antônio, entre os hoje vivos, todos parentes ou contra-parentes, todos sobrevivendo da mesma arte. Todos no oficio do barro contando a história cotidiana de um país chamado Nordeste.

A exposição “Discípulos de Vitalino” é uma homenagem ao Centenário de nascimento de Mestre Vitalino.


Espaço Saramenha Artes e Ofícios


Rodovia dos Inconfidentes Km 86 - Santo Amaro do Botafogo

Ouro Preto -  Minas Gerais -  Brasil

www.ceramicasaramenha.com.br

Fones (31) 3222 1414 – 9994 1219


Direção e curadoria: Paulo Rogério Ayres Lage

Produção Executiva: Sérgio Amaral

Assistente de Produção: Executiva Ludmilla Ramalho

Secretaria Geral: Vânia Lage

Exposições e Mostras Temáticas Leila Pacce

Assessoria de Comunicação Carlos Alberto Moreira

Projetos Gráficos Cacate Almeida e Branca Mindêllo

Consultoria Técnica Fátima Tropia

Empresas Associadas Palco-Planejar e Saramenha Artes e Ofícios

 

Maiores informações: espacosaramenha.blogspot.com

 

Fale conosco: espacosaramenha@gmail.com; paulorogeriolage@gmail.com; ludmilla.ramalho@gmail.com